Findo o ato eleitoral, o grande derrotado da noite de domingo foi Armando Almeida, o candidato socialista alcançou um resultado pior do que à quatro anos. O ainda presidente da concelhia dos socialistas foi para esta campanha com a esperança de conquistar o município de Gouveia que Álvaro Amaro havia "roubado" a Santinho Pacheco em 2001. Essa derrota de 2001 trouxe mazelas internas ao PS Gouveia que ainda hoje, algumas estão por sarar. Armando Almeida tinha um ambiente que poderia, repito poderia, ter aproveitado, afinal quase todo o país deu um cartão vermelho ao PSD de Pedro Passos Coelho, mas em Gouveia a nota foi dissonante e a música foi outra. Com a saída de cena de Álvaro Amaro, pensou-se que a disputa fosse mais equilibrada e com o desgaste do executivo social-democrata poderia querer dizer uma viragem política no concelho, até porque o candidato laranja não é nem de perto nem de longe um político de gabarito nacional, como o agora seu antecessor. No entanto fica a nota, muito aprendeu com o professor este novo presidente de todos os gouveenses. Ficou demonstrado que não era o candidato social-democrata demasiado forte, talvez o candidato socialista não foi suficiente para o que tinha pela frente, até porque vinha para o segundo sufrágio eleitoral consecutivo, cujos erros da primeira ocasião não foram corrigidos. O social-democrata limitou-se a ser ele próprio, sem bacalhau, nem nada na manga.
O PS Gouveia necessita de rejuvenescer, será importante ter um PS forte, com liderança vincada, a democracia e o concelho necessitam disso. Precisa de um líder que faça a coesão, que saiba transmitir a mensagem de dentro do partido para fora, que consiga chegar ao eleitorado de forma simples mas eficaz. Não precisa de um líder político de gabarito nacional, mas um líder com carisma e próximo do cidadão e sobretudo que comece a trabalhar já para os próximos quatro anos.
Caberá ao presidente da concelhia do PS fazer a análise, certo que fez o que pôde, mas não chegou, não foi suficiente...dizem que à terceira é de vez, mas esta equação não será aplicável. Em tudo na vida vivemos de resultados e para já o saldo não é positivo.
5 comentários:
Ainda agora foram as eleições e já estão a lançar o João Amaro aos leões.
sempre se soube que não era como este candidato prepotente e arrogante, juntamente com o seu novo moço de recados, desencantado para os lados da Povoa da Rainha e detentor de uma ridícula inexplicável sede de protagonismo, de que conseguiríamos derrotar a direita. Isto só lá vai com o J.Amaro!
é engrassado ler isto os cumentários de sima a jente até çabe quem os escrebeu cumessou o atacue ao ónico omem que pode trabar a çede de puder dos bóis do paxeco por estas que o ps nam xega a lado ninhum com tanta jente a dar facadas
Bom dia.
Apesar de já não votar em Gouveia, estive bastante atenta à campanha eleitoral da zona.
A meu ver, o erro do PS para agora ter menos votos do que há 4 anos foi só um: propaganda eleitoral do bota-abaixo mesquinho. Os eleitores não são os mesmos de há 10 ou 20 anos. Temos agora um eleitorado mais culto, inconformista, atento e que, entre críticas e ideias concretas, prefere as segundas. Não são as críticas que apresentam alternativas para os problemas/desafios da região.
Lá diz o senso comum: quem fala mal de outrem, não está a prejudicar o outro mas a revelar a sua verdadeira natureza.
O resultado de domingo foi a prova disto.
Cumprimentos,
Tânia Duarte
A melhor forma de se antever este resultado seria auscultar os destinos e a gestão da escola onde o candidadto era o líder do barco. E quase toda a gente sabe que a prepotência e arrogância eram notas de destaque. Deus me livre um presidente da camara assim. Depois, a campanha foi um desastre com um séquito de seguidores atordoados pela ânsia de ir para o puleiro. Esqueceram-se de que as pessoas já estão fartas desse fardo pelos políticos que só se lembram deles nesta semana de eleições. Finalmente, e demorou muito tempo, as pessoas começaram a deixar a "pancada" do partido e começaram a olhar mais para a pessoa em si, fosse qual fosse. Se antes cada um tinha uma vertente ideológica bem vincada, hoje é o homem do leme que rege os caminhos, pois de edeologias está o inferno cheio e de "social" já pouco há. Social democrático ou socialista são apenas resquícios que cada vez mais se afundam na miséria a que políticos de interesse próprio nos levaram desde o 25 de abril. Preocupa-me sim o emprego e a desertificação. Pena é que quando alguém com olho em terra de cegos se der conta da gravidade da situação, os tais sociais e socialistas que nos levaram ao abismo já cá não estejam para ver o descalabro e serem condenados. É assim a política, local ou nacional. "Primeiro as pessoas"? É para rir, certo?!
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