Obras grandiosas projectam-se em Gouveia em tempos de crise e "Apagão"



 

O municipio de Gouveia deu a conhecer novos projectos de obras públicas de renovação urbanística, a um ano de eleições cada um tirará ilações devidas, afinal o tempo é de austeridade e de contenção

apesar de comparticição em 85% de fundos comunitários. Serão ao todos quatro empreitadas ou intervenções que terão um custo total estimado de 1.317.179,07€, sendo que apenas apróximadamente 197 mil euros sairão da tesouraria do municipio. As zonas a intervir serão da antiga fábrica das Bobines, na Rua Casimiro de Andrade, o muro do jardim Viriaro, que terá a particulariedade de conter azulejos das 22 freguesias do concelho ( pelos vistos a reforma administrativa não foi levada a consideração!) e envolvente dos Paços do Concelho.

Esta fobia pela "obra de betão" satisfaz o ego dos políticos mas não alimenta a população, pelos menos aos coerentes e com capacidade de separar o "trigo do jóio". Há muita obra para fazer em Gouveia mas que não carece de cimento e areia, mas sim de inciativa concisa, determinada e visão, claro está, sem cimento e areia. Gouveia já é bela, tem na sua paisagem um recurso como poucos locais do planeta. A organização de um concelho não passa por "obra desenfriada" até porque a cidade tem vindo a perder mais valias e as infra-estruturas estão à vista. Temos um tribunal de "luxo" topo de gama da arquitectura contemporânea, para meia dúzia de processos, já não temos hospital, mas Centro de Saúde, a população decresceu, o êxodo voltou a escrever história. A população jovem é cada vez menos, a mão-de-obra qualificada "foge" da Terra natal, ela não lhe dá condições de fazer parte do desenvolvimento. O turismo é desorganizado, sem um percurso sustentável, seguro e duradouro, esta é mais que nunca uma área que tem de produzir riqueza, não serão precisos caminhos esfaltados, o turista procura "o natural", o rústico, a beleza "crua", o turista quer a antítese da "metrópole". Díriamos que há projectos e decisões que não custarão milhões, talvez alguns euros, poucos...mas determinantes!