Amanhã será o dia de todas as confirmações, se é que já não está assente. O governo desta nossa (des)Républica poderá cair. As eleições antecipadas parecem ganhar fumo branco isto depois de surgir um tal de PEC 4 que muitos aclamam de desrespeitador para o povo português. Entre o FMI, fazer eleições, o quer que saia deste impasse político nada irá melhorar o que já estamos a viver. O FMI quando entrar, se é que já não entrou com este PEC 4, cortará a direito e a nossa função pública sofrerá como nunca sofreu até aqui, os mais desfavorecidos sofrerão ainda mais. A existência de eleições será apenas a mudança de rosto de alguém que tem de manter os objectivos perante quem nos realmente governa, Bruxelas.
São os números que terão de satisfazer a Comissão Europeia e o nosso país assume preponderancia porque a moeda Euro poderá estar em causa, é que depois da Grécia e da Irlanda, conseguirá o Euro resistir a mais um golpe vindo agora de Portugal?
Quem vier a seguir não poderá garantir algo melhor e alterar a trajectória definida por Bruxelas, porque essa é que prevalece. Dizer que novas eleições acalmarão os mercados!? E nós portugueses, quem nos acalma e protege?
A solução deste país não são as lutas de tachos desenfriados, é a produção, são as exportações, a capacidade organizativa e empreendedora e...não viver das aparências, como temos vivido até agora.
Talvez até nem precisamos de Governo, se tivermos dentro de nós um próprio governo e lutar para um só objectivo.
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