Na primeira parte deste artigo trouxe aqui Desenvolvimento Sustentado e Participado, Cidadania e Planeamento Territorial. Elementos fundamentais ao desenvolvimento de uma cidade, com forte componente de sustentabilidade futura. Em ano de eleições, não é demais aqui referir que existe uma forte expectativa quanto aos programas eleitorais por parte dos partidos políticos. Arrisco-me a dizer que assistiremos a mais do mesmo, esta ou aquela cara mas o conceito será...mais do mesmo. É fundamental a ruptura, é preciso que Gouveia mude a sua ideologia e conceito de cidade. É preciso fazer uma ruptura política com os últimos 30 anos, é emergente. Haja a coragem de alguém assumir tal intento, já se perdeu demasiado tempo com com egocêntrismo partidário. Haja a coragem de alguém colocar em cima da mesa um plano fundamentado naquilo que é realmente importante aos gouveenses, alguém que assuma o risco de não inaugurar obra de betão, mas dar "obra" aos gouveenses.
Algo realmente estruturante, são, como referi na primeira parte, a cultura, educação/ensino, tecnologia e cidadania, motores à criação de empreendedorismo, tal como os sectores económicos deverão trabalhar em conjunto, e não, como temos assistido, cada um para seu lado. Vimos assistindo a um acumular de reformas pontuais, sem estrutura, pequenos remendos, que não têm levado a bom porto a cidade e o concelho.
Não é preciso ser-se doutor ou engenheiro para se saber que uma casa não se constroí pelo telhado, mas sim pelas fundações. São elas definidoras da estrutura, capazes de suster todas as formas e razões. Infelismente Gouveia tem vindo a iniciar ciclos pelo telhado, sem estrutura e sem conceito definidor. Os resultados estão à vista, desemprego, envelhecimento da população, emigração em ascensão e fracos recursos económicos dos residentes no concelho.
Haja coragem para assumir um caminho diferente, de longo prazo, passível de tornar Gouveia num território acolhedor capaz de gerir e gerar dinamismo.
Sem comentários:
Enviar um comentário