segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Desconstrutivismo do interior


O Jornal Expresso trouxe às bancas este fim-de-semana A Revista onde "projecta" Lisboa e Porto para 2053. Convida conceituados arquitectos a manipular o território destas "metrópoles" numa atitude que se pensa de intelectualidade. O Expresso acaba de dar ainda mais ênfase ao litoral e às duas principais cidades deste rectângulo chamado Portugal. O interior cada vez mais é reduzido a pó, não existindo a frontalidade de tocar o dedo na ferida. Seria mais inteligente a este semanário convidar estes projectistas a manipular os territórios do interior e dar-lhe a alma que falta para a "reconquista" no povoamento. Não será difícil de prever como estarão as cidades da região da Serra da Estrela em 2053, as políticas a que temos estado a assistir serão "a morte" de uma região. 
Quando há mais de 20 anos o município de Évora convidou Álvaro Siza Vieira, conceituado arquitecto de dimensão mundial para projectar o plano pormenor da cidade e grandes projectos da cidade, foi potenciada uma cidade acabada de ser Património Mundial, cidade estudantil e turística, uma fusão capaz de dinamizar o interior alentejano.
No "burgo" serrano têm sido os autarcas a projectar o embelezamento eleitoral das cidades. Depois das "metrópoles do têxtil" nada resta, nem mesmo o turismo é alavanca para reconstruir este interior. Serão precisos novos "Forais" para reconstruir e repovoar esta região.

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