quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

"O mapa"

Como foi publicado ontem aqui no Jornal O Herminio, Dr.º Álvaro Amaro voltou a lembrar que apesar das dificuldades, o projecto de colocar Gouveia no mapa tem vindo a verificar-se. O mapa do Dr.º Álvaro Amaro não deve ser o mesmo que o nosso, pelo menos que o meu. Gouveia não só, não está no mapa como cada vez menos estará. O concelho de Gouveia nos últimos 20 anos perdeu qualquer coisa  como 10 mil habitantes, perdeu o fulgor industrial e pior que isso, no período de transição onde se esperava uma clara aposta vincada no turismo como fonte de "alimento" do concelho, falhou. Hoje podemos concluir que aqueles eventos de "canhões de neve" foram feitos sem planeamento sustentável, foram eventos pontuais no tempo que não funcionaram. Quando se planeia, é preciso pensar num todo, num conjunto, só assim algo poderá surtir efeito. Quando temos um conjunto de factores/elementos, um poderá falhar, mas o conjunto sobresaí. Gouveia apostou em pontuais ocasiões e deu-se mal, até porque a conjuntura económica no concelho não permite o continuar deste tipo de actividade.  Hoje não podemos afirmar que Gouveia é Capital da Aventura, não o é, nem poderá ser! Não são um conjunto de viaturas de todo-o-terreno que se encontram uma vez por ano que fará da cidade de Gouveia a Capital da Aventura.
Mas não se trata apenas dos eventos mas toda uma estrutura directa/indirecta que Gouveia não consegue se auto-sustentar. De que vale a pena termos uma chegada de ciclistas se depois a cidade não pode albergar toda uma estrutura, levando potenciais clientes a pernoitar em cidades vizinhas. Gouveia nestes últimos dez anos não soube colmatar a falta de dormidas, não me estou a referir ao turismo de habitação, esse é um mundo à parte. Em tempos de eleições muito se fala da Pousada, falou o antecessor e falou o actual presidente do municipio, mas tudo fica em "banho maria" ou o problema é de do Estado ou o problema é do imóvel. Assim se vai caminhando para o fosso de um concelho cada vez mais deserto em direcção à sua inexistência. Já aqui o referi que Gouveia só poderá encontrar soluções através de um conceito de cidadania, com os sectores a trabalhar em conjunto, com um só plano, numa só direcção. Se Gouveia quer continuar a existir nos próximos 20/25 anos enquanto concelho terá de aumentar a sua população jovem nos próximos 5/8 anos em mais 5.000 habitantes. Se isto não acontecer corremos o risco de no "mapa" Gouveia estar anexada a uma cidade vizinha.

6 comentários:

Anónimo disse...

Tem muita razão naquilo que diz. Sem populção não há concelho. A questão que fica é a de saber como? Qual é a varinha de condão?

Anónimo disse...

secalhar a varinha é mudarmos de presidente, pois o nosso não sabe onde fica a nossa terra, e em vez de gastar alguns milhares de euros só no transporte de sua exa, e do seu condutor, deveriam ser aplicados para fixar gente

Anónimo disse...

O que inevitavelmente acontecerá em 2013... Tenha calma que já não falta assim tanto.

PA disse...

A varinha de condão? É a mobilização da população, criar núcleos de interesse público. Já percebemos que a «máquina partidária» não resolverá os problemas de Gouveia. O problema é que no meio disto aparece sempre quem queira aproveitar-se...ainda assim acho que se todos tiverem importância nas acções como na linha de pensamento, não há partido que resista em Gouveia. POdíamos começar por votar em branco nas próximas eleições...depois viria o resto, a mobilização, os encontros, o debate, as ideias...só assim Gouveia irá para a frente.
ASS: O Editor

Anónimo disse...

Os Gouveeneses já se deviam ter dado conta que ou se mexem por sí ou bem podem morrer na praia! É curioso que há 20 anos quando falava que era de Gouveia toda a gente me perguntava se era ao pé de seia...ou "onde é que é isso". Não há dúvida que o senhor Álvaro A. pode ser acusado de muita coisa mas que pôs Gouveia no mapa é inquestionável. E só não o sabe os Velhos do Restelo ex-polidores de esquina do Centenário que vocifera pragas contra o que é feito, o que será feito e o que nunca se fez. E que nunca saiu da terrinha. Tal como acontece em quase toda a zona interior, e não só em Gouveia, a desertificação é visível. Mas para isso assim têm sido tecidas as teias das politicas que o senhor engenheiro e outros como ele têm feito.E a falta de emprego não é só em Gouveia! Haja políticas de fixação e o resto vem por acréscimo. Mexam-se e deixem se de lamúrias sobre os novos dons sebastiões que virão em 2013, OU acham que eles estão preocupados com o povo? Algum político alguma vez se preocupou com as pessoas? Ou com o seu umbigo? Ajam, mexam-se, parem de criticar e façam! E não é só no voto de mudança do poleiro. Quero lá saber se PS ou PSD ou CDU. Quero é pessoas que trabalhem. E não ex politicos armados em Governadores ou habitantes da casa da república que nunca souberam o que é apanhar azeitona ou andar com uma enxada nas mãos.

PA disse...

Caro leitor quanto a Gouveia aparecer na televisão, bom isso é coisa paradigmática. Seia e Covilhã não precisam de ir para a televisão e no entanto é o que se vê. Têm os mesmos problemas de Gouveia enquanto cidades do interior, ainda assim conseguem estar melhor. Seia tem um orçamento para 2011 quase 7X superior ao de Gouveia e mais não digo. Quanto à mobilização,os empregadores são a câmara e as finanças...faz-me lembrar a Madeira em 90% da população, o patrão é o Alberto João Jardim. Em Gouveia não será assim mas...