De alguns anos para cá as palavras desertificação e interioridade, têm a passos largos feito parte do dicionário de analistas, políticos e jornalistas. Quando se fala de Beira Interior, fala-se de desertificação, tem sido conversa extensa, o interior está cada vez mais envelhecido e desertificado. Quando olhamos aos olhos do INE, são elucidativos. As principais cidades beirãs tornaram-se desertas e sem rumo, com algumas excepções, e soluções mais bem ou menos conseguidas, mas o fim dos lanifícios foi também sinónimo de capacidade económica da região da Serra da Estrela empobrecida. A solução passou e passa pelo turismo e pela natureza, alguns municipios tentam ainda hoje concertar planos para fazer do turismo fonte de rendimento. Um dos exemplos é Belmonte, investiu fortemente nesta àrea e a perspicácia e paciência estão a colher os seus frutos, até no crescimento de população. Em 1991 a população de Belmonte era de 7411 habitante e em 2006, 7722 habitantes, uns meros 311 habitantes a mais nestes quase vinte anos. Pouco é certo mas se olharmos a Gouveia perdeu mais 10 mil habitantes desde 1988, e continua a perder. Fortemente de raíz medieval, não esconde a História e procura no passado pontos de interesse cultural/turístico, os museus foi área investida o que se traduz nos mais de 43 mil visitantes no primeiro semestre de 2010, a Pousada do Convento de Belmonte e a Academia de Golf da Gaia permitem tornar Belmonte uma cidade mais actrativa e de alojamento. O Comboio Turístico que deveria ter iniciado funcionamento no principio do verão tarda em iniciar, garante o municipio que será elo de ligação importante entre o espólio da gastronomia, arquitectura medieval e cultura do concelho nas visitas a fazer por parte do turistas, já existem reservas num equipamento que custou 150 mil euros.
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