Medina Carreira fez ontem uma alusão ao mapa autárquico português, referindo-o como ultrapassado, cheio de dívidas que as câmaras não conseguem ultrapassar. Medina Carreira refere mesmo que este mapa tem de ser repensado, sobretudo nos tempo que correm, de contenção. Se este mapa fosse reinventado,seria Gouveia capaz de resistir a esta restruturação? Continuariamos a ter o municipio de Gouveia?
Trata-se apenas de uma opinião de Medina Carreira, que obviamente não gostaríamos que se viesse efectivamente a verificar. Sobretudo porque Gouveia é um municipio do interior, um municipio que a cada dia que passa decresce na sua população, cada vez mais velho, cada vez mais deserto em si próprio. A morte lenta dos lanificios, o constante apostar numa área com morte à vista, foi erro do passado, a falta de visão dos autarcas, levou a que neste momento não tenha um plano sustentável para o futuro. Na verdade o turismo que hoje Gouveia clama, é um pedaço amargo de aventura pouco trabalhado e estruturado. O turismo apenas se vincará se todos os outros sectores económicos trabalharem em conjunto com um só objectivo. As constantes experiências falhadas e incertas levaram a um municipio sem rumo e sem sustentabilidade. A dívida fala por si e o retorno dos investimentos serão uma miragem. Para além disso estamos a assistir a uma emigração em catadupa, não aos níveis dos anos 60 e 70 porque na verdade não há tanta gente como naquela altura. Oxalá que esta ideia de Medina Carreira não se faça sentir por aí...
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