As últimas eleições britanicas que trouxeram os resultados de viragem á direita, ganha pelos conservadores, deixaram outro sinal do que se avizinha por aí. O novo Secretário do Tesouro quando chegou ao seu gabinete no primeiro dia para além da recepção dos funcionários, tinha uma carta deixada pelo seu antecessor do Partido Trabalhista, numa mensagem límpida como a água, já não há dinheiro...
Isto revela claramente o abismo europeu que se atingiu e é bom lembrar que os britanicos não usam euros, mas sim libras. Muito se tem falado de Portugal, Espanha e Grécia, mas o mal apanha todos e ainda a procissão vai no adro e as resoluções são muito poucas. Falam muito, muito mesmo, o adeus precoce da moeda euro, da saída de países da união europeia que não cumpram o défice, mas esquecem-se do cerne de todo um processo que se iniciou nos anos 90 e que agora tem os dias contados, o sistema financeiro e económico faliu mas os velhos do restelo, continuam com as ideias de que isto se vai compor dia menos dia, entre um café e um chá tudo se irá compor.
Por cá o nosso Presidente da República reuniu- se com antigos ministros das finanças, ele há coisas assim, incompreensíveis, vai juntar na mesma mesa todos aqueles que ao longo dos 36 anos de democracia deixaram isto chegar ao que isto chegou. Chamamos a isto política á portuguesa claro está, tudo porque o TGV e outras obras de grande monta não deverão avançar. Pena que ninguém disse que estes antigos ministros deviam ter feito o TGV, mais de dez anos de atraso tem este comboio de alta velocidade, num tempo em que os milhões da CEE pareciam chuva dilúviana.
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